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Rodrigo Lelis e o “caetanear” da sétima arte

Da Redação
30 de novembro de 202330 de novembro de 2023 No Comments
cultura Salvador

Ator baiano é elogiado pela crítica, ao participar do filme Meu Nome É Gal, interpretando Caetano Veloso

Por Guilherme Tourinho

Revisão por: Kátia Borges

Atualmente, frequentar uma sala de cinema se tornou um privilégio, principalmente no Brasil, quando apenas 34% da população vai ao menos uma vez ao mês, de acordo com pesquisa realizada, em 2022, pelo Instituto Boca a Boca. Em algumas regiões do país, como em Brumado, interior da Bahia, a falta de salas de exibição é uma realidade, mesmo na cidade que se orgulha de ser o berço do ator Rodrigo Lelis, intérprete de Caetano Veloso na cinebiografia Meu Nome é Gal, dirigido por Dandara Ferreira.

Para Lelis, a relação com o cinema é enraizada em experiências marcantes de infância, lembrando com carinho as visitas às salas de cinema em Salvador durante as férias de verão. “É muito especial e lindo, desde o princípio, desde quando eu me conheço por gente. Lembro dos filmes que a gente assistia, inclusive do primeiro, que foi Dinossauro, aquele filme da Disney. Nesta época eu não tive tanto acesso a filmes de arte ou a algo do tipo. Eram mais os que entravam em cartaz e tinham uma grande distribuição”.

Caminho para os palcos: da dúvida à paixão pela

A transição para a atuação começou quando Rodrigo ingressou no teatro, na Universidade Livre do Teatro Vila Velha, sob a direção de Márcio Meirelles. A verdadeira reviravolta em sua carreira ocorreu durante uma produção do espetáculo Romeu e Julieta, onde ele assumiu o papel de Romeu. Desde então, a atuação tornou-se sua paixão, uma responsabilidade que ele agora abraça plenamente.

Crédito: Liz Dórea

Rodrigo não foi o único a ter a primeira experiência, enquanto espectador, com filmes estrangeiros, na maioria filmes oriundos dos Estados Unidos, como foi o caso de Dinossauros da Disney lançado em 2000 no Brasil. Atualmente, artistas e cinéfilos brasileiros estão na linha de frente na luta pela aprovação da cota de tela para filmes nacionais. Essa medida visa garantir uma presença mínima do cinema brasileiro nas telonas nacionais, uma luta que ganha ainda mais destaque com a participação de Lelis em Meu Nome é Gal.

Sobre as cotas, Rodrigo expressa sua opinião de forma contundente: “Para mim já está tarde, estas leis já deveriam ter sido aprovadas, deveriam estar em vigência há muito tempo. O cinema brasileiro precisa ser amado, ele precisa ser valorizado pelo seu povo, porque é isso que a gente tem. É a cultura do nosso país, é a educação do nosso país, e o Cinema faz parte disso”.

“Como querer caetanear o que há de bom”

A interpretação marcante de Rodrigo como Caetano Veloso em “Meu Nome é Gal” trouxe não apenas holofotes, mas também a responsabilidade de personificar uma figura tão conhecida. Em suas redes sociais, Lelis agradeceu à diretora Dandara Ferreira pela confiança, revelando que o processo foi natural e transformador: “Eu comecei a acreditar quando eu entendi que não era sobre imitar. Comecei a me ver parecido com Caetano quando eu estava no processo de um filme chamado A Matriarca, de Lula Oliveira, e era um filme onde o personagem tinha um cabelo grande. Em alguns momentos dentro do filme, já no final das filmagens, comecei a partir meu cabelo ao meio, eu comecei a me enxergar ali”.

Ele conta ainda que o fato de não precisar imitar Caetano tirou um peso de suas costas. “Acho que quando eu comecei a entender mais sobre a poesia de Caetano, comecei a trazer isso pra mim, foi a cartada final nesse lugar. Foi um processo extremamente natural. Confiar também nesse olhar de Dandara. Eu passei por vários testes, por vários lugares pra me enxergar nisso, mas foi um processo natural e tranquilo, não foi nada problemático ou carregado”, conta. Até o momento, Rodrigo não teve a oportunidade de se encontrar com Caetano Veloso para discutir sua interpretação, mas aguarda ansiosamente por esse momento único.

Créditos: Ítala Martina

Acessibilidade e Preços Elevados do Cinema Nacional

Além da falta de salas de cinema em alguns municípios, o alto custo das entradas, especialmente em redes de shopping, afasta muitos interessados na sétima arte. Lelis destaca a importância de frequentar cinemas de rua e espaços culturais acessíveis, como a SalaDeArte em Salvador, que possui locais em diferentes pontos da cidade. “Muitas vezes as salas de arte, os cinemas de rua, não tem preços tão caros, tem preços. Eu acho que a gente tem que começar a frequentar esses lugares, mas não só as salas de arte, não só os cinemas de rua, também os teatros, os museus, que na maioria das vezes, principalmente em dias de semana, tem preços extremamente acessíveis”.

Crédito: Liz Dórea

A Influência da Inteligência Artificial na Sétima Arte

Quando questionado sobre o papel da Inteligência Artificial no cinema, Rodrigo reconhece sua presença inevitável, mas acredita que o toque humano na atuação é irreplicável. “Nós, atores, temos um papel que às vezes até eu não consigo entender. Como o próprio Zé Celso Martinez já disse, os atores são anjos.”

Recentemente, encerrou-se em Hollywood uma greve histórica proporcionada por roteiristas, com a Inteligência Artificial sendo a “protagonista” das negociações.Os principais pontos discutidos são:

Estúdios e produtoras deverão informar sempre ao repassar qualquer material produzido por IA;

IA não poderá receber créditos de escritor;I

A não poderá escrever ou reescrever “material literário”;

Escritores podem utilizar IA em seu trabalho caso a produtora consinta; porém eles não podem ser obrigados por seus superiores a utilizar essas ferramentas;

“A Inteligência Artificial está aí, ela está acontecendo e precisa ser utilizada da melhor forma possível. Negá-la não é importante. É utilizá-la da melhor forma possível. Eu tenho certeza, ou quase certeza, que nós atores não conseguiríamos ser substituídos por qualquer tipo de Inteligência Artificial.”

Conselhos de um Artista para os Jovens Sonhadores

Em uma mensagem para os aspirantes a artistas, Rodrigo enfatiza a coragem necessária para seguir uma carreira nas artes, especialmente na atuação. “Faz teatro quem tem coragem, quem tem muita vontade de fazer isso, porque não é nem um pouco fácil e não existe estrelato. Posso dizer que, sim, é transformador. Tem muita gente que faz teatro e se transforma em uma outra pessoa, por exemplo. Mas seguir fazendo, tomar a xrte cênica como uma profissão não é fácil, nem um pouco fácil”.

A jornada de Rodrigo Lelis no mundo do cinema é mais do que uma história de sucesso; é uma narrativa que destaca os desafios enfrentados pelo cinema brasileiro e a importância de preservar a identidade cultural nas telonas. O ator continua a inspirar não apenas com sua atuação, mas também com seu compromisso em enfrentar os obstáculos do cenário cinematográfico nacional.

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