Pescados e produtos da culinária baiana são os principais afetados pela demanda
Por Evelyn da Paixão
Revisão: Felipe Lessa
A tradição de evitar o consumo de carne vermelha na Sexta-Feira da Paixão, durante a quaresma, abrange até mesmo os não católicos e estimula a busca por proteínas para substituir na mesa.
Lindaura Barreto, proprietária da Manollino Pescados, conta que o peixe mais procurado é a corvina, mas mesmo com a procura, houve reajuste no preço em relação às despesas com fornecedores, deslocamento e mudanças climáticas.
“Comparado com o ano passado, o preço subiu e o movimento ficou mais fraco”, declara Barreto.
Confira o reajuste médio de preço do quilo das proteínas mais procuradas no Mercado do Peixe:
- Salmão: R$ 75 para R$ 84
- Peixe Vermelho: R$ 30 para R$ 45
- Peixe Badejo: R$ 25 para R$ 35
- Arraia: R$ 12 para R$ 17
- Peixe Tainha: R$ 15 para R$ 28
- Pescada amarela: R$ 40 para R$ 47
- Polvo: R$ 50 para R$ 79
Mesmo com o aumento, a corvina está entre os peixes mais baratos. Atualmente, o quilo custa entre R$ 20 e R$ 26. Já o quilo do camarão está de R$ 38, o médio, e R$ 48, o pistola.
Na Feira de São Joaquim, a fila ultrapassa a parte interna do mercado. Entre os consumidores aguardando atendimento, a dona de casa Tereza Barbosa conta que precisou circular por toda feira para economizar.
“Precisa de um pouco de paciência para procurar os produtos com o valor que cabe melhor no bolso, mas aqui dá pra encontrar tudo e por um preço mais razoável”, explica Barbosa.
Além de peixes e mariscos, a feira possui os típicos ingredientes da comida baiana: castanha, azeite de dendê, quiabo, leite de coco e outros.
A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) aponta que, nos últimos 12 meses, o preço dos produtos ligados à Sexta-Feira Santa subiu 12,21% no estado. O índice é quase o dobro da inflação geral da região, que é de 6,51%. Enquanto a variação dos pescados ficou em 1,96%.