As vantagens e as desvantagens do método que promete ser uma alternativa no setor comercial
Por Ana Aparecida
Revisão: Matheus Souza
Dropshipping vem da junção das palavras “drop”, que significa largar, e “shipping” que pode significar remessa, e é uma prática que está se tornando mais presente e forte no mercado. O conceito se dá quando uma empresa oferta produtos aos consumidores, porém não os possuem em estoque, ou seja, a loja online é responsável por realizar as vendas, mas os envios são feitos diretamente pelo fornecedor.
A relação entre quem vende e quem fornece funciona como uma espécie de parceria, ou seja, há uma divisão entre os lucros obtidos com a venda. Há um preço cobrado para o cliente e um preço estabelecido pelo fornecedor para quem está vendendo, e a loja recebe a diferença entre eles.
A pandemia de Covid-19 foi responsável pelo impulsionamento das compras na internet, de acordo com dados da Neotrust, empresa que monitora dados de e-commerce no Brasil. Apenas no segundo trimestre de 2022, houve um faturamento de 89,6 milhões de reais em vendas online.
Apesar de ser um processo geralmente ocultado para o cliente, ainda existem pessoas que se sentem inseguras ao comprar em lojas que trabalham com o Dropshipping.
Para evitar possíveis problemas, é preciso que exista comprometimento de ambas as partes, do vendedor em ser transparente com sua clientela e do comprador em procurar negócios que possuam bons feedbacks.
Jamila Lima, autora do livro “Liberdade de tempo e dinheiro com Dropshipping”, em conversa com a equipe da Avera, aconselha os consumidores a se atentar a outros detalhes antes de realizarem suas compras.
“Sempre desconfie de preços muito distantes da média de mercado. Também é importante verificar o tempo da empresa e as informações de pagamento, envio e devolução dos produtos. Negócios sérios tratam seus clientes de forma responsável e é possível avaliar isso pela qualidade dessas informações”, explica Lima.
Alinhado a isso, a autora orienta também como os distribuidores devem se portar para ganharem credibilidade com a clientela.
“A palavra chave é a comunicação. Lembre-se sempre disso. Mande os dados de envio/deslocamento do produto e peça sempre avaliações dos seus clientes que receberam seus produtos. Com as avaliações, seu negócio será melhor indexado e reconhecido como uma loja de confiança”, reforça.
Dropshipping x Revenda x Marketplace
Outra questão que pode causar dúvidas não só em consumidores, mas em pessoas interessadas em trabalhar com Dropshipping, é a diferença do método para os outros semelhantes já existentes no mercado. Confundir Dropshipping com revenda é o equívoco comum entre as pessoas que estão se familiarizando com os termos.
Outra questão que pode causar dúvidas não só em consumidores, mas em pessoas interessadas em trabalhar com Dropshipping, é a diferença do método para os outros semelhantes já existentes no mercado. Confundir Dropshipping com revenda é o equívoco comum entre as pessoas que estão se familiarizando com os termos.
Outro termo que gera confusão com os já citados é o Marketplace, que nada mais é do que uma plataforma coletiva de vendas. Ou seja, atua como uma espécie de shopping, onde os vendedores de diversas lojas se hospedam na plataforma para exporem seus produtos.
O Marketplace fica encarregado pelo atendimento ao cliente, segurança na compra e na venda, além do suporte das vendas. Porém, o estoque e a entrega estão por conta de quem vende.
As vantagens do Dropshipping
- Contenção de custos: Não há a existência de gastos com embalagens e envios, além dos gastos com matéria-prima e mão de obra.
- Variedade de produtos: No Dropshipping, o vendedor não precisa se prender a apenas um fornecedor, ou seja, com diversos fornecedores, há uma variedade de produtos que podem ser vendidos no empreendimento.
- Atingir diversos públicos: Tendo uma variedade de produtos, quem vende pode alcançar inúmeros públicos.
- Vendas sem barreiras regionais: Se pode vender de qualquer lugar para qualquer lugar, basta ter um fornecedor que atenda a área desejada para o envio.
A autora Jamila Lima incentiva pessoas que desejam trabalhar com o método, pois acredita que é uma prática vantajosa que requer apenas domínio do conhecimento do assunto.
“O fato de começar um negócio com “custo zero” é um grande atrativo. É possível fazer um negócio que pode ser escalado de forma automatizada e assim obter mais liberdade de tempo e dinheiro”, ressalta Lima.
As desvantagens do Dropshipping:
- Alta competitividade: Vender online é correr o risco de lidar com um mercado saturado, onde diversas lojas vendem produtos similares.
- Lentidão na entrega da mercadoria: Os fornecedores que trabalham com Dropshipping costumam atender diversos empreendimentos ao mesmo tempo, o que pode fazer com que o processo de entrega do produto solicitado tarde de chegar ao consumidor final.
- Gerenciamento do estoque do fornecedor: A característica principal do Dropshipping é que o estoque não é responsabilidade do vendedor, porém, é preciso que esse mantenha um bom diálogo com o fornecedor para se certificar que o estoque dele está sempre atualizado. Assim, não ocorre de acontecer uma venda de um produto que foi descontinuado ou está esgotado.
- Baixa margem de lucros: Com o lucro sendo dividido entre vendedor e fornecedor, o faturamento pode ser menor, principalmente nos primeiros meses do empreendimento, o que além de desanimador, pode ser um empecilho para quem vende.
Com prós e contras assim como qualquer outra técnica de empreendimento, o Dropshipping se mostra cada vez mais forte no mercado, e ganhando forte visibilidade no Brasil.
“É favorável para empreendedores iniciantes e até mesmo grandes marcas se fazerem presentes em diversos mercados. Possibilitando, com menores investimentos, o desenvolvimento de diferentes modelos de negócios em comparação aos modelos tradicionais”, declara Lima sobre acreditar que a prática seja mais uma alternativa para o mercado.