A obra é um livro de ficção científica com características da comunidade baiana
Por Guilherme Tourinho
Revisão: Antônio Netto
Durante o terceiro dia do evento da Bienal do Livro Bahia (12), o autor soteropolitano Ian Fraser participou do painel: “Nordeste à meia-luz”, com os escritores Christiano Aguiar e Márcio Bejamin e mediação da educadora e escritora Lorena Ribeiro.
O debate girou em torno de literaturas noir e de terror realizadas hoje no Brasil, principalmente no Nordeste. Além disso, a conversa também abordou como esses gêneros literários podem ajudar a entender o tempo presente.
Durante o painel, Ian aproveitou para promover o seu mais novo livro, “A vida e as mortes de Severino olho de dendê”, no qual diz ser um exemplar ideal para fãs de Guerras nas Estrelas e Auto da Compadecida.
Mesmo com o mercado literário brasileiro possuindo os maiores pólos no Sul e Sudeste do país, Fraser tomou a decisão de construir sua carreira em Salvador, com a sua obra mais recente abordando a capital baiana.
“Eu queria fazer uma representação nordestina que fugisse do nordestino miserável que está em eterno êxodo procurando uma terra melhor. Vou transformar Salvador no paraíso que ela é. Uma Salvador de oportunidades bonitas”, diz o escritor.
Com formação em Cinema & Vídeo, Ian Fraser tenta ao máximo deixar a obra mais próxima de um filme, indo além da narrativa, mas presente também na diagramação com trilha sonora indicada em capítulos como se fosse a abertura de uma longa-metragem.
“Eu tento integrar a música na narrativa para trazer essa sensação de um filme”, confessa.
O autor também comentou sobre qual obra literária baiana gostaria que fosse adaptada para o audiovisual.
“Queria ver Contos dos Orixás, um quadrinho escrito por Hugo Canuto, que é um fenômeno e assistir isso sendo produzido com um grande investimento seria incrível”, finaliza Fraser.