Por Jamile Silva
Repórter da AVERA
Foto: Guilherme Rubini / AVERA
A revista e o seu mercado foram os assuntos abordados na manhã desta terça-feira (17), no Curto-Circuito, Semana de Comunicação realizada pela Escola de Comunicação e Design da UNIFACS.
A palestra foi ministrada pelos publishers Verônica Villas Bôas, da Revista Let’s Go Bahia e Carlos Accioli, da Vilas Magazine, como também a assessora e editora-chefe da revista Yatch ,Cris Montenegro. A mediação foi de Matheus Pastori, estudante dos últimos semestres de Jornalismo da UNIFACS.
Em tempos digitais, o que diferencia e atrai os leitores para as revistas são a personalidade e originalidade. É importante se diferenciar e usar a criatividade, mesmo em um mercado segmentado.
A Let’s Go Bahia, de periodicidade bimestral, é uma revista lifestyle e atemporal, no que a sua narrativa é facilmente perpetuada sem se tornar assunto antigo. Explora-se um tema a cada edição, porém em diferentes vertentes e olhares dos repórteres. “nós formamos um quebra-cabeça, onde cada peça é uma perspectiva diferente do mesmo tema” explicou Verônica.
Embora trabalhe de forma positiva, as narrativas passam longe do lúdico, trazendo uma história escrita através da consistência e apuração, mas sem complexidade “o jornalista tem que consumir notícias, como se fosse ar. Só assim saberá produzi-las com a devida qualidade” completou.
Cris Montenegro, editora-chefe da Revista do Yatch, contou sua experiência de liderança com uma revista institucional, mas que não se priva apenas a frequentadores do clube, o que torna um atrativo ainda maior aos anunciantes, já que podem ter precisão de público assertiva.
Cris acredita que o mercado de revista em Salvador é muito restrito e requer uma segmentação muito mais nichada, e é isso que a Yatch transparece.
Já o Publisher da Vilas Magazine Carlos Accioli, reforça que a palavra-chave para os jornalistas é apuração, ainda mais se escrever para revista. O motivo disso é o maior intervalo de periodicidade.
Em momentos de fake news, o jornalista tornou-se ainda mais importante, independente do segmento de comunicação “O meio da comunicação requer muita ética dos envolvidos”, esclareceu.