A ação promove mentorias e projetos personalizados para os beneficiados
Por Sued Mattos
Revisão: Antônio Netto
O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), da Universidade Salvador (Unifacs), realiza ação de apoio para os ambulantes saírem da informalidade e transformarem suas realidades profissionais a partir do empreendedorismo.
O projeto intitulado “Ambulante Empreendedor” é uma parceria entre o NAF e o Conselho Comunitário do Rio Vermelho e acontece semanalmente no Campus Tancredo Neves.
Tatiane Feijó, professora e coordenadora do NAF, explica que a iniciativa surgiu a partir de um convite, feito por uma docente da instituição para ajudá-la durante um treinamento realizado com os ambulantes. Depois de perceber a realidade dessas pessoas, a atividade se expandiu.
“Quando nós fomos até o local, percebemos naquele momento que o projeto não poderia ser somente um treinamento. Poderia ser uma ajuda para desenvolver os negócios desses ambulantes”, explica a docente.
Feijó ainda esclarece que o grande objetivo do Projeto Ambulante Empreendedor é fazer uma remodelagem de negócio para que os beneficiados possam sair das ruas e assim terem tranquilidade para desenvolver as atividades profissionais.
“A gente começou com a remodelagem de negócios e agora estamos com as mentorias para auxiliar eles a entender todas as partes de um negócio, desde o financeiro ao marketing”, evidencia.
Etapas do projeto
Sara Santana, aluna que atua no projeto, explica que a equipe se divide em grupos de acordo com o cenário do ambulante e a partir disso as ideias começam a ser criadas especificamente para aquela situação e assim ser apresentada ao beneficiado.
“As etapas são bem subdivididas e cada caso é pensado de forma individual”, esclarece Santana.
Tatiane Feijó conta que o processo se inicia a partir de um treinamento geral sobre planejamento financeiro, planejamento estratégico, marketing e modelagem de negócios. Depois disso, a equipe, composta pelos alunos, escuta o ambulante e suas necessidades individuais.
“Nós temos um dia só para ouvir essas pessoas. Os estudantes começam a perguntar sobre os negócios deles e depois que ouvimos cada um, nós vamos anotando as necessidades”, revela Feijó.
A coordenadora do projeto reitera ainda que o treinamento dos beneficiados acontece de forma gradativa.
“Tudo isso é devagar, a gente inicia o trabalho, mas não sabemos quando vamos terminar”, aponta.
Os impactos do projeto
Marília Santos, beneficiada pela ação do NAF, fala da importância desse acompanhamento feito pela equipe e expõe que esse apoio tem gerado bons resultados em seu trabalho.
“Tudo mudou depois que eu comecei a participar do projeto. Me deu norteamento de negócio, visão de negócio e me deu mais clareza. Fez com que eu entendesse quais são os protocolos, como a gente deve regularizar qualquer início de negócio, como usar as redes sociais e como usar as ferramentas adequadas”, explica Santos. قواعد لعبة الدومينو
A empreendedora de caldos, sopas e cremes afirma ainda que a participação no Projeto Ambulante Empreendedor propiciou a redução de tempo e custos. Além de dar sensação de acolhimento e mais segurança durante a caminhada empreendedora.
“Com o apoio deles a gente se encoraja mais, a gente fala ‘Pode dar certo sim! Por que não?’. É uma forma de perceber que não estou sozinha e que tem pessoas para me apoiar. Eu acho que se todos os pequenos comerciantes e empreendedores tivessem essa rede de apoio, muitos não desistiriam”, relata a beneficiada.
A coordenadora, Tatiane Feijó, explica que o projeto é impactante na comunidade em que estão trabalhando, já que a valorização desse profissional é desenvolvida e há um trabalho de fortalecimento emocional.
“Nós temos depoimentos que relatam a mudança dos ambulantes na comunidade, são relatos emocionantes, que demonstram o quanto estão empoderados, melhores e acessíveis depois de começarem a participar do projeto. A vida deles é muito sofrida, a informalidade gera muitas consequências negativas, como o medo constante de terem mercadorias apreendidas, são muitas dores”, conta Feijó.
Marília Santos se emociona ao falar da transformação que o projeto propiciou em sua vida pessoal e profissional.
“Até então eu, Marília, era assim: Marília. Hoje em dia não, é Marília: a empreendedora, que tem sua empresa, que tem seu projeto. Mudou. Não é só mais Marília. Hoje em dia eu tenho meu CNPJ, tenho meu reconhecimento e sei quem sou eu”, conta Santos.
A estudante Sara Santana relata que é gratificante participar da transformação dessas pessoas.
“Querendo ou não a gente fez parte daquilo ali. A gente deu uma ideiazinha que seja. É muito bom ver que eu fiz parte disso só de dar uma sugestão, de dar uma ideia e de ajudar a criar um Instagram, por exemplo.
A relação professor e estudante
A coordenadora do “Ambulante Empreendedor” explica que atua como uma facilitadora e que os alunos são os protagonistas do Núcleo de Práticas em Administração e Contabilidade (NUPAC) e que eles têm total liberdade para gerir o projeto.
“Eles são quem fazem os cursos, dão os treinamentos, montam os projetos para cada ambulante de acordo com as necessidades de cada um, eles que apresentam e monitoram as atividades que os ambulantes precisam fazer para que a gente consiga que esse projeto seja implementado”, reitera Feijó.
A estudante Sara Santana alega que o projeto contribui para sua carreira devido aos desafios que acontecem no decorrer do processo.
“A gente aprende não só lidar com o cliente como empreendedor, mas lidar com pessoas e testar nossos conhecimentos”, afirma Santana.
A integrante do NAF ainda reitera que o relacionamento com a docente é de total parceria.
“A professora chega falando ‘Esqueçam isso de que eu sou a professora e vocês são os alunos. جريزمان Vamos entender que somos parceiros trabalhando para um projeto.’ De início ela nos dá toda a autonomia para criar todo um projeto e depois ela vem junto”, explica a estudante.
Tatiane Feijó declara que se dedica na preparação comportamental dos alunos para lidar com esse tipo de público, principalmente devido ao histórico de vulnerabilidade social e reitera a importância da empatia.
“Eu preparo os alunos desde evitar o celular enquanto os ambulantes estão falando, para que ele saiba que ele é a nossa prioridade, até o olhar nos olhos. Isso é passado nos primeiros momentos no núcleo de organização”, relata. مواقع يانصيب مجانية
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