Por Camila Soeiro
Estudante de Jornalismo da UNIFACS
Foto: Rafael Abbehusen / AVERA
Nesta quinta-feira (19), Michely Santana e Angelina Yoshie, radialistas baianas, foram as convidadas do Curto-Circuito para debater sobre locução no rádio. Ambas têm carreiras sólidas e reconhecidas como locutoras e mestre de cerimônias. Michely exerce também o papel de repórter de televisão.
Em um bate papo leve e descontraído, além do tópico proposto, elas compartilharam suas trajetórias, narraram histórias engraçadas com ouvintes, saias justas no ar, discutiram sobre a importância de serem ajudadas e o preconceito das mulheres na profissão. Também foram explorados temas como o mercado de trabalho, a conectividade e o futuro das rádios.
Analisando as rádios e seus perfis, foi reconhecido que na GFM o público-alvo são adultos contemporâneos, onde Angelina, a locutora, fala pouco e não existe interatividade. Já na Bahia FM, uma rádio jovem e popular, há maior liberdade de fala, uma relação próxima com o público, e Michely pode exercer mais o lado comunicadora.
“Quando você coloca sua verdade, sua identidade, isso contribui pra você. Pude imprimir o que sou eu, o que eu gosto, o que é minha cara”, relata.
A respeito dos avanços da categoria, Michely aponta que “a comunicação muda. Hoje, a prioridade é estar mais próximo do público”, ao mesmo tempo que defende que a rádio tem vida longa, mas tem que se adaptar, se reinventar a todo momento.
Trazendo os podcasts para a discussão, Angelina pondera que eles não são uma ameaça, mas sim agregam. Ela ressalta também que “a gente deve falar com vocês, não para vocês”.
Sobre essa interação com o público, Michely alega que a internet tem papel fundamental, já que a rádio conversa muito com a internet e as aproxima. Angelina admite que “a gente preenche uma lacuna que existe nas pessoas que é a companhia, o afeto, o carinho”, disse a radialista.