Entenda como funciona processo de adoção e o que representa para os futuros pais e para as crianças adotadas
Tainara Neves
Revisão: Ismael Encarnação
O sonho do tão esperado filho pode vir de diferentes maneiras para as famílias e a adoção é uma delas. Segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tem 5.154 crianças aptas para serem adotadas.
Processo de adoção
O processo adotivo no Brasil perpassa por regras básicas. O primeiro passo para quem quer adotar é buscar um Fórum ou a Vara da Infância e da Juventude da sua região para obter informações específicas.A comarca apresentará uma lista de documentos para iniciar o processo.
Após a inscrição, a família passa por uma entrevista com assistente social e psicólogo. Os aprovados nas entrevistas fazem um curso preparatório psicossocial e jurídico para a adoção, voltado para adquirir preparo emocional para as mudanças que ocorrem com a chegada de uma criança e a responsabilidade de se tornarem pais.
O próximo passo é o tempo de espera para o acolhimento. Quando uma família é encontrada para uma criança, o juiz determina aproximação para que a criança possa se adaptar e criar familiarização com os pais. Finalizando esse estágio, é determinada a adoção.
Um ato de amor
Mário Sérgio Reis conta que por sua ex-mulher não poder ter filhos, decidiram então adotar. Segundo Reis, a princípio, ele não queria ter um filho adotivo pelo preconceito da sociedade e da família, mas acabou aceitando a ideia.
Reis diz que uma mulher queria doar seu filho e, com isso, surgiu o interesse pela criança. Assim, buscou a orientação do Fórum para saber o que fazer e quais procedimentos eram necessários.
Segundo ele, a orientação foi de que poderiam acompanhar a mãe biológica até o nascimento da criança, dando o suporte necessário para ela. Logo após, com o nascimento de Davi, ele e sua ex-esposa buscaram a justiça para legalizar a adoção.
Sobre o processo de adoção, Reis diz que ainda está em andamento. Devido a separação do casal, o processo teve que parar, mas que mantém a guarda provisória da criança.
Reis relata que tem a guarda compartilhada com a mãe e que o menino já tem hoje nove anos. De acordo com ele, decidiu revelar para o filho que é adotado para que não fosse surpreendido quando crescesse.
“Ele aceitou e para nossa surpresa, pediu para conhecer a mãe biológica. Assim será feita a sua vontade”, conta o pai.
Reis diz que, com a adoção, aprendeu que filho não é somente aquele que é gerado. Para ele, o que importa é o amor pela criança. “Davi é a razão da minha vida. Eu fiz e faço tudo por ele. Nem eu poderia imaginar amar uma criança da forma que eu o amo”, revela.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado