Saiba como está sendo a retomada das aulas e os protocolos adotados pela prefeitura
Por Adrielly Lima
Revisão: Julya Ferreira
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, autorizou a retomada das aulas semipresenciais de escolas públicas e privadas na capital, no dia 03 de maio. As escolas estão fechadas desde março de 2020, devido a pandemia do coronavírus.
Com o objetivo de retomar as aulas gradativamente na capital baiana, a prefeitura adotou protocolos, de acordo com o decreto municipal nº 33.812, tais como, desativação dos bebedouros, distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas e a distribuição de álcool gel 70% nas dependências da instituição de ensino.
Entretanto, parte das redes educacionais não possuem recursos para atender os protocolos determinados, gerando desconforto entre professores, alunos e familiares.
Segundo a professora e mãe, Fernanda Gama (26), para uma rotina igualitária e segura é necessário que todos tenham tomado a vacina.
“Na minha posição de professora e mãe não me sinto tranquila em mandar meu filho de quatro anos obrigatoriamente para escola, visto que precisarei trabalhar e ele não compreende a importância do distanciamento social’’, declara Gama.
A professora ressalta que, no período de visitações na escola do seu filho, percebeu o preparo na recepção das crianças.
“Disponibilização de totens de álcool gel nas dependências, certificado de sanitização inspecionado pela Anvisa e entrega dos kits covid [de higienização] para colaboradores e alunos eram alguns dos serviços ofertados. Porém, sabemos que essa realidade não atinge a todos’’, lembra Fernanda Gama.
Mesmo com todas as medidas adotas, de acordo com a Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), foram contabilizadas 38 escolas municipais que apresentaram casos de Covid-19 em seu quadro de funcionários após a reabertura das unidades, gerando desmotivação para a classe.
Para a professora da rede municipal de ensino de Salvador, Gisele dos Santos, “a reabertura é inviável, já que a maioria das crianças da educação infantil necessitam estar sempre próximas, inclusive em algumas dinâmicas’’, afirma Santana.
Além disso, Santana complementa que o apoio para auxiliar as crianças é insuficiente em alguns casos e que os protocolos adotados não estão de acordo, já que não houve treinamento devido para os profissionais. “São três ou cinco funcionários para uma escola com 200 alunos, o que torna a situação também complicada’’, relata Santana.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado