Saiba quais as adaptações estão sendo feitas na capital baiana nesse período
Por Alexandre Simão e Camila Gomes
Revisão: Antônio Netto
Durante a pandemia do coronavírus diversas áreas da cidade estão passando por adaptações. Com tantas mudanças em vários setores, não foi diferente para os transportes por aplicativo; em Salvador, motoristas, entregadores e usuários se viram obrigados a adotar medidas e aderir às novas regras para que os serviços continuassem funcionando com segurança nesse período.
Segundo a empresa de transporte por aplicativo Uber, houve uma queda de 56% no número de corridas realizadas globalmente em meio à pandemia.
De acordo com Edelmar Carvalho, motorista da empresa há quatro anos, o movimento de corridas caiu drasticamente no início da pandemia.
“A fase do começo praticamente foi a zero as corridas. Todos os estabelecimentos fechados, então caiu bastante”, relata Carvalho.
Porém, o motorista revela que, por outro lado, a redução da frota de transporte público contribuiu posteriormente para o crescimento na demanda de corridas.
É o que confirma Tuane Menezes. A gerente de 22 anos confirma que aumentou a frequência de suas corridas durante a pandemia do coronavírus.
“Logo no início da pandemia as frotas do transporte público foram muito reduzidas na intenção de manter as pessoas dentro de casa, era realmente uma aglomeração porque os ônibus continuavam muito cheios. O aplicativo te passa uma maior segurança, porque é só você e o motorista, o risco de contaminação não é tão grande quanto dentro de um ônibus superlotado”, declara Menezes.
Mesmo assim, a gerente confessa estar preocupada com a higienização dos carros e com o cuidado que o motorista precisa ter para se prevenir em relação ao Covid-19.
Elom Muniz, motorista de aplicativo há um ano, também se mostra preocupado com o alto risco de contaminação do vírus, e não abre mão de seguir as recomendações feitas pela empresa.
“São no máximo três passageiros por viagem e uso de máscara é obrigatório. Teve também uma sessão de desinfecção dos veículos que tem vínculo com o aplicativo, por conta da própria empresa”, relata Muniz.
Entregas por delivery
Após o decreto de fechamento de bares e restaurantes sancionado pelo prefeito ACM Neto, os pedidos feitos em aplicativos de delivery aumentaram 20% em Salvador, segundo a Associação de Bares e Restaurante do Brasil (Abrasel).
É o que reforça o motoboy da empresa iFood, Jailton Santos: “no início da pandemia era uma entrega e já vinha logo outra, era um bate e volta na verdade, ninguém ficava parado”.
Em meio a nova rotina, outros métodos foram implementados pelas companhias de delivery. Segundo Santos, a empresa em que atua disponibiliza álcool em gel e paga a corrida para que o entregador faça a coleta do material de higienização, como o próprio álcool em gel e máscaras.
Mas quem faz os pedidos também teve que se adaptar às mudanças. A estudante Nadine França passou a fazer pedidos com frequência em aplicativos de delivery e adotou algumas medidas de higiene para se prevenir do vírus.
“Eu tive o cuidado de sair de máscara quando ia buscar o lanche e borrifar álcool. Era mais difícil quando vinha num saco de papel, mas mesmo assim a gente borrifava a sacola toda e aí tirava o lanche para o prato e a embalagem ia imediatamente para o lixo”, explica a estudante.
Voltando à rotina
Seguindo as determinações da Prefeitura, os bares e restaurantes estão sendo reabertos desde o dia 10 de agosto, e mesmo com a flexibilização das restrições, motoristas e usuários de transporte por app e delivery devem continuar seguindo todos os protocolos de segurança.
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