Por Camila Soeiro
Revisora da AVERA
Foto: Carolina Magnavita / AVERA
Nesta quinta-feira (19), Marta Cardoso, pós-doutora em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, doutora e mestra em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), bacharel em Comunicação Social pela UNIFACS e licenciada plena em Língua Portuguesa pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) foi a convidada para falar sobre “Relacionamento e Comunicação nas Organizações” no Curto-Circuito, evento realizado pela Escola de Comunicação e Design, no campus CTN.
Marta iniciou afirmando que “pensar em Relações Públicas é pensar grande”, quando explicou que é uma área vasta, na qual se pode atuar com diversos perfis, além de ser exigido um olhar multidisciplinar. Ela abordou, também, sobre o surgimento e a história dos RP’s, o cenário global e do Norte e Nordeste do Brasil, as diferenças entre comunicar e informar e entre um consultor e um assessor.
“Mas o que é RP? Qual o nosso tempero?”, provocou Marta. Então, explicou sobre o pensar estratégico, sobre as relações com os públicos, e a forma de lidar que é só deste profissional. “A gente tem que tangibilizar o intangível na comunicação”, defendeu.
Experiente e inquieta, Marta disse que gosta de descobrir coisas que ninguém tenha assumido e desenvolvido na profissão e aponta, então, as novas tendências. “O grande filão do momento para o RP é investir nas áreas de sustentabilidade, relações com minorias ou análise de cenário”, já que, segundo a professora, há uma grande lacuna no mercado para esses campos.
Defendendo que o profissional desta área tem que possuir estratégia e não ser apenas ferramenta, ela reiterou que “o RP, quando não faz planejamento, vira bombeiro. Apagar incêndio em empresa é muito perigoso e não documentar o planejamento é mais perigoso ainda. Perde a memória comunicativa”.
E, em meio à um cenário cheio de barreiras, como desconhecimento e apropriação indevida do título, pouquíssimos profissionais se registram oficialmente. Então, Marta faz uma recomendação: “quando formarem, se registrem para fortalecer o Conselho e sejam bons, porque o bom se estabelece”.
Ela enfatiza a importância do networking, para que o profissional possa acionar essa rede quando precisar. Já quando questionada sobre a deficiência na formação de novos RP’s, ela é categórica: “falta leitura, falta base de psicologia, antropologia, sociologia e finanças”.
**Revisado por Fernanda Bruno e editado por Matheus Pastori