Ariel Freitas e Marjory Moraes reproduzidas dos respectivos perfis no Instagram / Foto: Reprodução
A inteligência artificial é um campo que emerge do medo, mas um lugar que gera possibilidades de acesso
Por Ludmila Santana
Revisado por Gabriel Mascarenhas
A programação nacional do Comunicarte apresentou, na última quarta-feira (22), o tema “IA na prática profissional”. Mediada pelo repórter do Estadão, Ariel Freitas, e Marjory Moraes, publicitária e content manager da agência Droga5, a conversa abordou as origens da Inteligência Artificial (IA) e os efeitos que as máquinas podem ter na vida profissional de um comunicador.
A Inteligência Artificial é um campo de estudo que está em desenvolvimento desde a década de 1950 mas com a popularização da internet deixou de ser uma tecnologia do futuro e passou a ser o mecanismo do dia a dia, como na busca por referências, gerar resumos de textos longos, buscar inspirações, ou sugerir pautas.
Além da sua contribuição cotidiana, a IA entrou no mercado de trabalho, influenciando em como as empresas se comportam ou tomam decisões. “Ao contrário do que muitos pensam, a IA veio para facilitar, não para substituir” comenta o jornalista Ariel Freitas, destacando a importância da tecnologia como ferramenta de apoio à criatividade e à produtividade profissional.
Entre as ferramentas citadas por Marjory Moraes e pelo próprio Ariel Freitas, estão o Google Gemini e o NotebookLM, que exemplificam a aplicação prática da IA na rotina profissional, ajudando a organizar dados, gerar insights e automatizar tarefas. Para que o uso dessas ferramentas seja seguro e ético, as empresas precisam estabelecer políticas claras de regulamentação, definindo quais dados podem ser processados, garantindo a proteção de informações sensíveis, treinando os profissionais para interpretar corretamente os resultados e criando diretrizes de transparência.
No contexto brasileiro, a regulamentação da IA caminha em passos lentos no Congresso Nacional. O principal projeto em tramitação é o PL 2.338/2023, que estabelece normas gerais para o desenvolvimento, implementação e uso responsável de sistemas de IA, incluindo princípios como transparência, não discriminação e responsabilidade. Apesar desses avanços, a aprovação de uma legislação robusta ainda depende de tempo e consenso entre os diversos setores envolvidos.
A palestra mostrou que a Inteligência Artificial representa mais um avanço tecnológico e que, à medida que ela se desenvolve, iremos nos adaptar a ela ou ela se adaptará cada vez mais a nós. E que se faz necessário reforçar a ideia que a IA veio para nos ajudar, e não para nos substituir. Apesar das regulamentações estarem em andamentos, cabe a cada um de nós, seja como indivíduo ou como parte de uma empresa, respeitar nossos limites éticos, exercitar o pensamento crítico e assumir a responsabilidade ética na comunicação e nas práticas profissionais do dia a dia.
