Foto: Gustavo Barreto
Saúde democrática e vulnerabilidade populacional são destaques no segundo dia de evento
Por Gustavo Barreto
Revisão por Júlia Ma
Nesta última terça-feira (25), a Unifacs do campus Tancredo Neves realizou o 8º Congresso Internacional de Políticas Públicas (POLIPUB). O evento reúne doutores e especialistas para avaliar a implementação das políticas internacionais e nacionais, por meio de debates e pesquisas. O encontro realizado na sala Rui Barbosa, segue até esta quarta-feira (26).
A programação da tarde foi um dos grandes destaques do segundo dia de congresso, os debates tiveram início com a abertura da mesa 1 com o tema “Mentes vulneráveis: Saúde e democracias frágeis?”, mediada pelas conferencistas Jéssica Petrilli e Helen Niemeyer, com participação dos debatedores Claúdia Vaz e Gustavo Costa.
A doutora em biotecnologia, saúde e medicina investigativa pelo instituto de pesquisa Gonçalo Moniz, Jéssica Petrilli destacou como a fragilidade mental reduz o senso crítico e aumenta a vulnerabilidade social. Segundo a profissional, as pessoas que estão mentalmente fragilizadas vão ter mais dificuldade em fazer análise crítica. Muito por conta do senso de confiança das pessoas no que é dito, sendo esse o ponto central da narrativa.
No avanço da tarde, a debatedora Marta Cardoso deu início a abertura da mesa 2 com o tema “Virtualidade como influenciadora da interpretação da realidade “, intermediada pelos conferencistas Daniel Lyra e a perita Camila Testa. A possibilidade da existência de um dilema entre o real e o virtual, foi assunto na apresentação dos debates. A coleta de metadados gerados pelo uso das redes sociais dos usuários, também esteve em evidência.

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A perita em áudio, imagem e documentos digitais, Camila Testa pontuou a influência dos algoritmos na construção da vida real e como as fontes que utilizamos moldam a percepção humana no mundo real, de acordo com ela “Para que o juízo de valor não seja influenciado por essas bolhas, o ideal é você procurar diversas fontes. Não fique refém apenas de rede social, procure outras fontes de informação, principalmente as cientificas, para ter certeza de que tem verdade naquilo”, informa a perita.
Por fim, o avanço das IAs e o vazamento de imagens na sociedade moderna, esteve no centro dos debates. A privacidade digital é um tema que tem ganhado notoriedade entre os especialistas do setor público. A ideia é impulsionada pelo crescimento das inteligências artificiais, especialmente pelo uso de imagens privadas expostas sem consentimento.
A expectativa é que o setor público possa criar uma regulamentação para viabilizar o uso das novas inteligências artificiais, uma nova legislação é considerada urgente por estudiosos e pesquisadores do setor. Atualmente, existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, sendo esse, um forte indício da busca das políticas públicas em estabelecer esse parâmetro. Apesar dos rápidos avanços tecnológicos, a atualização dessas normas tende a ser uma realidade no futuro do país.
